Urna dos pré-santificados, em madeira talhada e esculpida, e dourada. Peça constituída por caixa com a parte superior mais larga, estreitando-se para baixo. Corpo coberto por ornamentação entalhada e dourada, de motivos fitomorfos (folhas de acanto) e volutas movimentadas em S. Na parte frontal, aparece em relevo o resplendor do Santíssimo Sacramento. A tampa, presa por dobradiças, é arrematada pela representação do livro dos "Sete Selos do Apocalipse", que serve de base ao Cordeiro Místico, que está deitado, virado à esquerda, cabeça erguida e voltada para frente. Quatro pés, com as pontas enroladas para fora. Possui fechadura e espelho oval, liso, de ferro. Interior com estofamento forrado de tecido com passamanaria. Móvel de linha erudita portuguesa, de provável fatura colonial brasileira. A talha forte e o uso profuso da folha de ouro sugerem transição entre os Estilos Barroco (Dom João V) e o Rococó (Dom José I). A "Lei de Pragmática", editada pelo Rei Dom João V em 1749, proibiu o uso do ouro e da prata nos móveis.
