

O Museu da Inconfidência (MIN) surgiu na década de 1930, quando o presidente Getúlio Vargas decidiu repatriar os restos mortais dos inconfidentes que haviam sido exilados na África. Essa iniciativa fazia parte de um movimento mais amplo para resgatar e valorizar a memória nacional. Em 1937, os ossos exumados retornaram ao Brasil, e Ouro Preto, berço da Inconfidência Mineira, foi escolhido para abrigá-los.
Um ano depois, o edifício da antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica, que na época funcionava como penitenciária estadual, foi desocupado e adaptado para receber o Panteão dos Inconfidentes. Este espaço foi inaugurado em 21 de abril de 1942, coincidentemente no aniversário de 150 anos da condenação dos inconfidentes. Em 11 de agosto de 1944 o Museu da Inconfidência foi oficialmente inaugurado, completando assim a ocupação do edifício e tornando-se a primeira instituição museológica de seu tipo a ser instalada fora do litoral brasileiro.
Ao longo dos anos, o museu passou por várias transformações. A princípio, suas exposições enfocavam a evolução social de Minas Gerais, refletindo a escassez de testemunhos diretos sobre a Inconfidência. No entanto, a instituição enfrentou diversos desafios, como a falta de recursos e a estagnação em suas atividades museológicas.
A partir de 1974, iniciou-se um processo de reforma que culminou na reinauguração do museu em 2006, agora apresentando um circuito expositivo que aborda a verdadeira história da Inconfidência, conforme estipulado em seu decreto de criação. Essa revitalização trouxe modernização e excelência técnica, consolidando o MIN como um espaço fundamental para a preservação da memória histórica e cultural do Brasil.